Cie Gare Centrale – Agnès Limbos (Bélgica)

“Conversation avec un Jeune Homme”

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
25 e 26 de Maio às 21h (Sábado e Domingo)

Concepção e encenação: Agnès Limbos Interpretação: Agnès Limbos, Taylor Lecocq Colaboração na criação: Sabine Durand Coreografia: Lise Vachon Desenho de som: Guillaume Istace
Desenho de luz: Marco Lhommel e Karl Descarreaux Régie: Karl Descarreaux Figurinos: Françoise Colpe Trabalho de movimento: Nicole Mossoux Trabalho sobre a manipulação: Neville Tranter Construção de marionetas: Toztli Godinez de Dios Fotografia: Mélanie Kateline Rutten, Alice Piemme Produção: Marie Kateline Rutten Administração: Sylviane Evrard - Collectif Travaux Publics Apoios: Théâtre de la Marionnette à Paris, Théâtre du Champ au Roy, Guingamp Técnica: Teatro de objectos e dança Público-alvo: +10 Duração: 55 minutos Idioma: Inglês – algumas palavras

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Prix de la Ministre de la Culture - Coup de cœur de la presse, Huy 2012

Quando a dança e os objectos dialogam com o mesmo silêncio...

Em “Conversation avec un jeune home”, Agnès Limbos promove o encontro entre duas artes: o teatro de objectos e a dança.

Um diálogo entre uma mulher de 60 anos e um jovem adolescente. Uma dama sentada à mesa e um jovem que dança na floresta. Dois corpos em plena metamorfose que se vão encontrar, sob o olhar do lobo à espreita.

Ela tem uma vida inteira atrás dela, ele tem uma vida inteira pela frente. Eles falam através de objectos, dança e movimento, sobre a vida, a morte, o amor, as suas angústias e alegrias, a estranheza do mundo. Dois corpos em mutação: o de um jovem e o de uma mulher.

Um duo lúdico e sonhador, com objectos e marionetas fantásticas, entre uma ‘dama’, excêntrica, de meia-idade e um jovem homem, entre elfo e bailarino...

“Conversation avec un jeune home” é um momento de graça muito sensível entre estas duas personagens que deixamos com pesar, encantados e, ao mesmo tempo, emocionados, por ter vislumbrado, como que inadvertidamente, um segredo bonito.

Conversação íntima à qual somos convidados por Agnès Limbos, de uma forma brilhante e com contenção, surrealista e com humor, para tocar o indizível, a liberdade, a imensidão das nossas florestas interiores, por onde erramos para desembocar num modo de vida. Assustador, misterioso, perturbador e sublime!...

Um espectáculo que teve como colaboradores Neville Tranter, na manipulação, e Nicole Mossoux, no movimento.

“… Expressa tanto a violência dos homens como a graça da infância, cruzando Bambi e Nijinski.
As criações de Agnès Limbos são ricas em metamorfoses sem fim. Coloca os objectos mais improváveis em cena…“ - Marion Alev, Au Poulailler

“... A papisa do teatro de objectos ainda consegue renovar o seu universo, desta vez acompanhada no palco por um jovem bailarino... Bizarro, mas hipnotizante.” - Catherine Makereel, Le Soir

“Uma colagem surrealista.
Estranho, misterioso, mas muito fascinante: aqui está, em três palavras, o que emerge do último trabalho de Agnès Limbos... É a primeira vez que aborda este universo, o seu domínio tem sido mais o da marioneta e do teatro de objectos... Mas deve-se dizer alto e em bom som que é um sucesso total... Estas duas artistas têm em comum o gosto pelo estranho, sobrenatural, do conto de fadas e da tragédia... tudo está envolto num toque de poesia, de simbolismo e de filosofia. O nascimento, a vida e a morte estão bem evidentes no centro das suas preocupações, mas o que as diferencia, é talvez, o tom ligeiro e a utilização mais vincada da ironia, marca de Agnès Limbos... Do seu encontro nascem cenas perturbantes, cómicas, surpreendentes, inesperados encontros com animais de esmalte, o lobo na floresta profunda, ávido de carne fresca, ou a do corvo, imagem da morte, tudo como utilizou Robert Rauschenberg na peça de Cunningham, Canyon, em 1959. A dança, assinada por Lise Vachon, dedicada a este arrojado jovem, Taylor Lecocq, que tem, entre outras, uma magnifica prestação coreográfica, no mais puro classicismo, quando se coloca na pele de um Bambi, cheio de paixão e alegria....“ - J.M. Gourreau, Critiphotodanse

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BIO
A Cie Gare Centrale foi criada em 1984 por Agnès Limbos, tendo-se especializado numa forma teatral particular: o teatro de objectos. Para além da criação de espectáculos, a companhia organiza formações, ateliês sobre o teatro de objectos, participa em laboratórios internacionais e em residências de investigação com outros artesãos deste tipo de linguagem teatral. Desde 2002 produz um festival bienal em Bruxelas, reagrupando espectáculos de pequenas formas lúdicas, de residências artísticas e de exposições, em torno do teatro de objectos.

Em vinte e nove anos a companhia Gare Centrale criou um importante repertório, apresentado em todo o mundo. Desde a sua criação, os espectáculos têm sido distinguidos em numerosos festivais internacionais, como nas inúmeras digressões a Israel, Inglaterra, Espanha, Itália, Hong Kong, Alemanha, Áustria, Suíça, Canadá, Estados Unidos, França, entre outros.

Agnès Limbos nasceu em Huy, na Bélgica, em 1952, e passou parte da sua infância em África. Estudou Ciências Políticas e Filosofia. Preferiu as ruas do mundo aos bancos da Universidade. Iniciou um percurso pessoal que a levou à École Internationale de Théâtre Jacques Lecoq, em Paris, de 1977 a 1979; ao México, de 1980 a 1982; e à criação da Companhia Gare Centrale, em Bruxelas em 1984. Trabalha como autora, actriz, professora e acompanha jovens criadores. Através de uma linguagem visual em constante evolução, diverte-se a reunir, no universo por si inventado, fantasia e realidade, tragédia e humor.

No âmbito do Projecto Funicular, Agnès Limbos e Nicole Mossoux vão realizar um workshop intitulado “O Corpo face ao Objecto” durante o FIMFA Lx13, na Culturgest.

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