Cie Cendres la Rouge (França)

“Vestiges, spectacle primitif”

MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL
23, 24 e 25 de Maio às 21h30 (Quinta, Sexta e Sábado)

Concepção: Sandrine Châtelain, Alain Terlutte, Didier Cousin e Julien Aillet Encenação: Didier Cousin Construção de autómatos e marionetas: Alain Terlutte e Julien Aillet Actores-manipuladores: Sandrine Châtelain, Julien Aillet e Alain Terlutte Ambiente sonoro: Ivann Cruz Interpretação musical: Jean-Luc Landsweerdt, Jérémie Ternoy, Maud Kauffman, Christophe Motury, Ivann Cruz com a participação do Choeur du Conservatoire de Roubaix Captura e mistura de som: Olivier Lautem Desenho de luz: Claire Lorthioir Fotografia: Eric Le Brun, Jean Le Gascon Produção: Métalu A Chahuter Co-produção: Le Grand Bleu, Etablissement National de Production et de Diffusion (Lille), Maison Folie Wazemmes (Lille), Le Boulon - Pôle Régional des Arts de la Rue (Vieux-Condé), La Condition Publique (Roubaix) Apoios: DRAC Nord – Pas de Calais, Région Nord – Pas de Calais, Centre André Malraux (Hazebrouck), Phénix – Scène Nationale de Valenciennes, Manège – Scène Nationale de Maubeuge, Piscine/Atelier Culture (Dunkerque), Culture Commune – Scène Nationale du Bassin Minier du Pas-de-Calais, Ville de Sallaumines, Maison de l’Art et de la Communication Técnica: Autómatos – manipulação à vista Público-alvo: +8 Duração: 55 minutos Idioma: Sem palavras

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Uma mistura fantástica, entre autómatos, autómatos-esqueletos e seres humanos...

“A imaginação é o maior dom que a humanidade possui. A imaginação é o que nos tornou mais humanos, não o trabalho. Imaginação, imaginação, imaginação!” - Jan Svankmajer

A Cie Cendres la Rouge prossegue as suas pesquisas em torno do seu ‘ossuário’, um universo extraordinário, horripilante e belo, com as suas estranhas marionetas e incríveis autómatos em forma de esqueletos (o osso é um dos materiais preferidos da companhia).

“Vestiges”, um conto filosófico sem palavras, uma apologia da imaginação como forma de apreender a realidade.

Num laboratório de paleontologia Martha está ocupada a analisar pequenos esqueletos descobertos recentemente. Como eles escapam a qualquer nomenclatura conhecida, tenta desvendar o mistério da sua origem; simultaneamente começam a acontecer coisas estranhas no laboratório: queda de terra e perturbação do tempo. Na tentativa de fazer reviver um mundo desaparecido, Martha entra pouco a pouco num mundo fantasmagórico e alucinante, onde o que imagina ganha forma. Guiada por um pequeno esqueleto, assustado e surpreso, descobre durante a sua aventura uma parte de si mesma que não conhecia... Quando regressa ao seu trabalho, aparentemente, nada mudou.
Aparentemente...

Uma proposta visual, poética, estranha, na fronteira do real e do sonho, impulsionado pela poesia dos ossos em movimento que desenham um universo fantástico. Um mundo de sonho onde se jogam e se perdem as pulsões de vida e de morte, e se juntam num mesmo movimento, o animado e o inanimado, o real e o imaginado, contra a fragmentação e alienação das nossas vidas. A não perder!

“Nova etapa no percurso exploratório da Cie Cendres la Rouge... Vestiges, spectacle primitif, é surpreendente e maravilhoso... galeria de autómatos monstruosos, graciosos e delicados criados por Alain Terlutte a partir de esqueletos de animais, a companhia explora aqui a relação directa dos seres humanos com estas pequenas personagens, fora do nosso tempo e, ao mesmo tempo, curiosamente próximas...
Aqui, como em todos os espectáculos da companhia, fica-se impressionado pelo facto de a tecnologia, a ciência mais avançada – e é necessária para criar estes fantásticos objectos – estar sempre ao serviço da imaginação, que provoca sem jamais deixar de funcionar. Os dois manipuladores, Julien Aillet e Alan Terlutte, presenças fugitivas no negro do palco, desaparecem perante o que têm nas mãos. A fragilidade aparente das marionetas aumenta a magia de certas imagens... Mais do que nunca, os autómatos e as marionetas são motores da história e adquirem na manipulação directa uma dimensão dramática... “
-Sarah Elghazi, Les Trois Coups

1-FIMFA-Lx13-Cendres-La-Rouge©-Jean-Le-Gascon 4-FIMA-Lx13-Cendres©-Éric-Le-Brun
2-FIMA-Lx13-Cendres-La-Rouge©Eric-Le-Brun 3-FIMA-Lx13-Cendres-la-Rouge©Eric-Le-Brun 

BIO
As criações da companhia Cendres la Rouge, reunidas sob o título genérico de “Ossuaire Dégindandé” (Ossário Desarticulado), colocam em cena autómatos e marionetas, criados por Alain Terlutte, que são a base de escrita dos seus espectáculos. A partir do mesmo material, ossos e esqueletos, continuam a produzir e a experimentar formas diferentes, desde a sua formação em 1998.
Alain Terlutte concebe e constrói autómatos de animais a partir de ossos. Reconstrói esqueletos de animais, nem sempre de acordo com a sua natureza, e confere-lhes vida e movimento, a partir de diversos materiais, como fios de pesca, engrenagens ou motores recuperados.

A Cie Cendres la Rouge pertence ao colectivo de artistas Métalu à Chahuter.

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